Monday, July 28, 2008
Saturday, July 26, 2008
Engraçado...
É mesmo, curioso como a vida tem destas coisas. Só quando temos pouco, damos valor ao que realmente interessa, todo o supérfluo quase que desaparece como por magia: Amizade, amor, afecto, tempo, cores da vida, do sol, do mar, da natureza, dos olhos dos nossos filhos, da nossa mulher que amamos, tudo realça em contraste com os dias de abundancia de dinheiro, onde o consumo se torna imperioso e escape para quase todas as questões, a TV absorve-nos, aquela coisa da loja chupa-nos para ela, o livro que saíu agorinha mesmo requisita-nos, o DVD do último filme atrai-nos, a roupinha ou o sapatinho que nos pisca os olhinhos, a guloseima que nos acode à ansiedade, aquela brasa que nos põe doentes, a conta que não engorda nunca o suficiente, os pagamentos que cascatam, os imprevistos que descambam o orçamento, o fim do mês... Ufa !...
Como a Vida deveria ser tão mais fácil, tão mais simples. Porque não é? Culpa nossa, digo eu. E que fazer? pergunto eu, também, como um imbecil que não sabe mesmo a resposta, - Não sei.
Parece-me que rondamos sempre a resposta, que ela está sempre perto de nós, ali como se fosse suficiente virar a cara e ela nos morder o nariz. A simplicidade é simples, depois de retirado todo o demais, fica o essencial. Não chega? Pois. Não tenho solução. Só perguntas sem resposta, para já.
Estou como sempre, optimista, despreocupado, feliz. Sempre estive.
O que é meu à minha mão virá dar. E se eu já tiver tudo o que quero? E não saiba...
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Tuesday, July 22, 2008
Neste momento em que vagueio
Desde Junho que não exerço a minha profissão como tal. Com uma dura lição de permeio, persigo na minha descoberta.
A minha iniciação em Reiki neste mês, com os Mestres Viktor e Joaquim, foram parte desta minha caminhada de busca pelo meu lugar no Mundo.
Irei continuar a desenvolver e a aprender com humildade a minha profissão e fá-lo-ei com esmero e dedicação, cada vez com mais empenho.
Não sei, ainda, onde irei trabalhar, mas creio que esse dia está próximo.
Se o que comemos se torna parte de nós, tenho, então, uma grande responsabilidade: a de tornar melhores as pessoas que comem o que faço. O que é feito com muito amor e carinho, leva esses sentimentos para dentro de quem os consome, assim espero que aconteça.
Até já...
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Monday, July 21, 2008
Nem eu sei
Nem eu sei,
quantas vezes cá estive,
quantas vezes me levantei.
Quantos partos passei
num e noutro papel,
onde a Luz era lei.
Minhas mães e pais,
depois filhos e avós,
continuamente brilhais
Fraca tenho a voz
de tanto a usar
prazer e dor atroz.
Marés de sorte
tsunamis de azar
boa e má morte.
Vidas que vivi
sonhos que sonhei
minha luz abri
Bing bang... estive lá
mas aqui agora estou
da luz também sou.
Antes e depois
humana engenharia.
Agora: sois
Presentes encadeados,
impermanência subtil,
pensamentos descuidados.
De tudo senti
de tudo já vi.
Venha mais por aqui !
Que alma minha é
neste corpo decadente
onde milénios de fé
esperaram pelo momento
em que a Luz Grande
tenha o seu final alento.
E depois?
Venha outro tanto,
por quem sois!
(Zé Cortes, 21/7/2008)
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